'Se eu tenho consciência de que há uma vida, essa vida tem de ser protegida em qualquer momento da trajetória do ser humano', disse, ao citar o direito constitucional à vida para uma plateia formada por cerca de mil jovens na faixa de 20 anos - alunos do curso de graduação em direito da universidade.
Mesmo com apoio do Partido Social Cristão (PSC) para disputar a eleição municipal e próximo à renovação carismática católica, Chalita tentou afastar a tônica religiosa de seu discurso.
'Como não é uma campanha para papa nem bispo, mas para prefeito, vou tentar usar mais argumentos jurídicos e filosóficos do que religiosos', disse. 'Acho que o sistema jurídico brasileiro não encontra amparo nessas discussões.' O peemedebista afirmou que o aborto não terá destaque na campanha para a Prefeitura, mas acredita que a pauta pode voltar a ser discutida. E prometeu reafirmar sua posição.
'Embora não seja temática de eleição municipal, o que me perguntarem eu tenho resposta, com verdade. Os candidatos não têm de esconder nada. Têm de ser verdadeiros com as crenças que eles têm', pregou Chalita.
A legalização do aborto foi tema explorado no segundo turno da eleição presidencial de 2010. À época, Chalita foi convocado pelo PT para blindar Dilma Rousseff da onda de reações da Igreja Católica contra a candidata. Católicos e evangélicos associaram à petista uma plataforma favorável à descriminalização do aborto. A campanha do tucano José Serra foi acusada de explorar o tema para colocar Dilma em choque com religiosos.
'Reduzir a eleição presidencial a uma discussão sobre aborto é muito pobre. A mesma coisa vale para a Prefeitura', opinou Chalita, que quer debater transporte, saúde e segurança. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.