quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Panorama Político - 22-01-2014 (O Globo - Ilimar Franco)

Corrida contra o tempo
          Os partidos aliados foram avisados ontem que seus parlamentares têm até fevereiro para apresentar as suas prioridades na execução do Orçamento. Cada aliado vai apontar municípios de sua base que serão beneficiados. O governo, em ano eleitoral, tem até junho para liberar as verbas. Coube ao secretário-executivo da SRI, Claudinei do Nascimento, em reunião com assessores dos partidos, alertar para o prazo.
O jogo de corpo no PMDB
O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), diz que mais de um terço (nove) dos Diretórios Regionais apoiam uma convenção em abril. O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), avisa que só falta a assinatura do Ceará, pois oito diretórios já teriam assinado. O vice Michel Temer avalia que a tese ainda não tem oito votos. A ala do PMDB, adversária do PT nos estados, pergunta se o movimento é para valer. Não quer ser usada por quem pressiona por um ministério ou uma aliança com o PT. “Ninguém quer ser massa de manobra do Eunício ou do Sérgio Cabral (RJ)”, alega um deles. Outro resume: “Agora é hora do pôquer, de blefar”.

“A quem interessar possa, deixo claro que ao contrário das ‘plantações’ não defendo a antecipação da convenção para abril. Essa pressão é boba”
Geddel Vieira Lima
Presidente do PMDB da Bahia e candidato de oposição ao governo do PT no estado
Agora é Lula
O governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ) chegou à conclusão que não adianta fustigar a presidente Dilma. O responsável pelo problema eleitoral no Rio é o ex-presidente Lula, que vem bancando a candidatura do senador Lindbergh Farias (PT).


Marcha soldado
O diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, está sob imensa pressão. O Exército foi colocado em alerta para garantir a segurança da Copa em caso de greve na PF. Os delegados garantem que vão trabalhar, mas a Associação dos Agentes ameaça parar. A direção da PF cancelou férias e licenças durante a Copa e a campanha eleitoral.

Sempre cabe mais um
O ex-presidente Lula sugeriu ontem à presidente Dilma, segundo o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que o presidente do PT, Rui Falcão, e o da seção paulista, Emídio de Souza, integrem o comando da campanha pela reeleição.
Lula escala Gilberto Carvalho
Na passagem por Brasília, o ex-presidente Lula selou o destino de Gilberto Carvalho. O secretário-geral da Presidência vai para a campanha na metade do ano. Gilberto preferia ficar no Planalto, mas reconhece que não poderá desobedecer o ex-chefe. Sua última missão será monitorar os movimentos sociais durante a Copa.
Fora do campo
Socialistas e petistas trabalham para manter a aliança para reeleger o governador Renato Casagrande (PSB) no Espírito Santo. Os assessores do governador avaliam que o baixo peso eleitoral do estado facilita as coisas.
Vale ou não vale?
O TSE recebeu uma consulta sobre a validade da minirreforma eleitoral, aprovada em 2013 no Congresso, nas eleições deste ano. A consulta, que será relatada pelo ministro João Noronha, quer saber se a aplicação será total ou parcial.

Os tucanos apostam no desacerto da presidente Dilma, na reforma ministerial, para recolher mortos e feridos para o palanque de Aécio Neves.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Ranking de segurança aérea deixa Gol e TAM entre as últimas   

Aéreas brasileiras melhoraram desempenho, mas ainda deixam a desejar

 
 
Uma pesquisa avaliou as 60 maiores companhias de aviação do mundo no quesito segurança. As brasileiras Gol e TAM melhoraram os seus desempenhos, porém continuam entre as últimas na listagem, que foi divulgada nesta terça-feira (14/1), pelo jornal americano Los Angeles Times. A relação é anunciada todos os anos pela empresa de consultoria alemã Jet Airliner Crash Data Evaluation Center (Jacdec).
A TAM e a Gol, em relação ao ano passado, subiram três posições e figuram agora, nas 56ª e 54ª colocações, respectivamente. Segundo o estudo, o principal motivo da colocação ruim são os acidentes registrados com aviões das empresas nos últimos 30 anos.
"Com a ausência de ocorrências graves em 2013, elas tiveram uma ligeira ascensão. Como a avaliação se baseia no histórico dos últimos 30 anos, as empresas ainda ‘sofrem' com os acidentes do passado", ressalta Achim Figgen, editor da revista Aero International, que divulgará a lista completa na próxima sexta-feira (17).
A Jacdec lembra que seis acidentes aéreos envolvendo a TAM, que em 2009 e 2010 foi a última do ranking, mataram 336 pessoas em pouco menos de 40 anos de atividade. Com relação a empresa Gol, a instituição de pesquisa recorda que ela protagonizou uma das maiores tragédias aéreas do Brasil no ano de 2006, quando 154 passageiros morreram no acidente entre um Boeing 737 e um jato executivo Legacy 600 da Embraer, no território de Mato Grosso.
A Gol divulgou em nota que não leva o ranking em consideração. Já a Tam afirmou que não comenta os critérios usados pela Jacdec. Segundo a Tam,  em janeiro de 2012 a empresa renovou a certificação Iosa (Iata Operational Safety Audit), responsável por avaliar os sistemas de gestão e controles operacionais de companhias aéreas.
O ranking da Jacdec inclui todos os tipos de acidentes aéreos, sem especificar ou diferenciar os fatores que ocasionaram o fato. Das 20 empresas mais bem classificadas no ranking anual de segurança aérea, apenas quatro registraram acidentes desde que começaram a operar. As primeiras posições da lista ficaram com companhias que não registraram acidentes graves nos últimos 30 anos, como perda de aeronaves e registro de morte.
Pelo estudo, a Air New Zealand, da Nova Zelândia, é a empresa mais segura do mundo, tomando o lugar da Finnair, da Filândia, que desceu da primeira para a terceira posição. Em segundo lugar ficou a chinesa Cathay Pacific Airways. A Emirates Airlines, dos Emirados Árabes, em quarto lugar. A Lufthansa, maior empresa alemã do setor, desceu sete posições, chegando ao 18º lugar. O último acidente aéreo da companhia ocorreu em 1993, em Varsóvia, com registro de duas mortes. A holandesa KLM está uma posição à frente. 
O levantamento da Jacdec concluiu que em 2013 foi o ano de maior segurança da história da aviação, considerando as seis últimas décadas. Segundo os dados da consultoria, em 2013 251 passageiros morreram em acidentes aéreos, contra 496 em 2012. A Jacdec também traçou uma relação direta entre a segurança dos voos e a transparência das autoridades responsáveis pela fiscalização do setor aéreo. Segundo a empresa, Estados Unidos, Reino Unido e Austrália são os melhores exemplos deste fenômeno. A consultoria diz ainda que países como Brasil, Colômbia e África do Sul têm tido um bom nível de transparência, o que é visto de maneira positiva. Em locais onde há censura, como China, Malásia e Turquia, o índice de avaliação é puxado para baixo, diz o relatório.
O ranking (20 mais seguras):
1- Air New Zealand (Nova Zelândia)
2- Cathay Pacifica Airways (Hong Kong)
3- Finnair (Finlândia)
4- Emirates (EAU)
5- Eva Air (Taiwan)
6- British Airways (Reino Unido)
7- TAP (Portugal)
8- Etihad Airways (EAU)
9- Air Canada (Canadá)
10- Qantas (Austrália)
11- Qatar Airways (Catar)
12- All Nippon Airways (Japão)
13- Virgin Atlantic (Reino Unido)
14- Haian Airlines (China)
15- Virgin Australia (Austrália)
16- Jetblue Airways (EUA)
17- KLM (Holanda)
18- Lufthansa (Alemanha)
19- Shenzhen Airlines (China)
20- Easyjet (Reino Unido)
Tags: Acidentes, aéreas, empresas, gol, pesquisa, TAM

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Número de roubos de veículos em São Paulo é o maior em 12 anos
ROGÉRIO PAGNAN
ANDRÉ MONTEIRO
DE SÃO PAULO
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O número de veículos roubados no Estado de São Paulo em novembro de 2013 foi o maior em 12 anos.
Foram 9.023 roubos (quando há ameaça ou uso de violência contra o proprietário). Antes disso, o maior número de casos foi registrado em março de 2001 (9.414)
As estatísticas oficiais revelam uma tendência de aumento do uso da violência pelos ladrões de carro. Agora, o número de roubos quase empata com o de furtos (quando não há violência): 9.905.
Em janeiro de 2008, por exemplo, de cada três veículos levados pelos criminosos no Estado, apenas um deles foi roubo. Foram 4.525 roubos contra 7.866 furtos.
De lá para cá, comparando com novembro passado, os furtos cresceram 25,9% contra 99,4% dos roubos.
Isso fez com que essa relação entre os crimes ficasse praticamente de um para um (um roubo para um furto).
Na capital, onde 4.550 veículos foram roubados em novembro, o cenário é o mesmo. O número de casos também é o maior em 12 anos.
Nos últimos três anos, segundo levantamento feito pela Folha, a região em que os roubos mais cresceram foi a da Casa Verde, na zona norte.
Os dados por distrito começaram a ser divulgados em 2011. Daquele ano até 2013, o número de casos disparou no distrito –subiu 663%.
No Portal do Morumbi, na zona oeste, segundo da lista, o crescimento foi de 417%.
As regiões da periferia foram as que registraram o maior número de casos no ano passado, até novembro.
Em São Mateus, zona leste, foram 1.906 ocorrências, seguida do Jardim Miriam, na zona sul, com 1.618 casos.
A empresária Roberta Lima Rueda passou por essa situação. Em uma rua movimentada do Tatuapé, na zona leste, foi abordada por dois criminosos armados.
Ela diz que os assaltantes estavam bem-vestidos e foram "educados". Não perderam a tranquilidade nem quando a filha dela, de dez anos, chamou a atenção deles.
"Sua mãe não lhe deu educação? Não ensinou que não pode roubar?", disse a menina, segundo a mãe.
"Neném, fica tranquila. A gente vai dar um passeio no carro da mamãe. Aí vamos ver se devolveremos ou não. Se a gente não devolver, depois ela compra outro", respondeu um deles, diz a mãe.
"Quando eu liguei para o 190, a polícia me informou que era o quinto chamado só naquela região. Eram 9h20."
VIOLÊNCIA
Desde 2001, mais de 1 milhão de veículos foram roubados no Estado. Somados aos furtos, os casos ultrapassam 2,4 milhões.
Um dos reflexos dessa mudança é o risco de mortes nos assaltos, os chamados latrocínios. Segundo o governo, cerca de 50% dos latrocínio ocorridos em São Paulo estão ligados a roubos de veículos.
Na capital, os casos de latrocínio subiram 55% de 2011 para 2013, considerando o período de janeiro a novembro de cada ano –e 83 para 129.
Para o especialista em segurança pública Guaracy Mingardi, a tendência é que os roubos de veículos ultrapassem os furtos em breve.
Ele atribui o aumento desse tipo de roubo à falta de especialização dos criminosos. "O roubo é mais fácil porque exige menos habilidade [que o furto]", disse ele.
O também especialista em segurança Renato Sérgio de Lima diz que outro fator é o crescimento da frota na população da periferia.
"O incentivo dos últimos dez anos fez com que a frota crescesse muito. Na periferia, você só via fusca e Brasília amarela. Hoje, você vê vários carros novos", disse.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Feliz Ano Novo!