Dilma afirma que o aborto é violência contra a mulher
Do Diário OnLine
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A pré-candidata do PT, Dilma Roussef, declarou nesta quarta-feira, em entrevista a um programa da rede RBS, no Rio Grande do Sul, que o aborto é uma violência contra a mulher.
"Nenhuma mulher defende ou diz que quer fazer, porque é uma violência contra ela. Graças a Deus, não tive que fazer, mas conheci quem fez e entrava chorando e saía chorando. Essa não é uma questão pessoal minha, sua ou da Igreja. É saúde pública", disse Dilma.
Ela defendeu que, nos casos em que o aborto é permitido pela legislação, a população de classe baixa deve ter condições de recorrer aos serviços de saúde. "Um governo não tem que ser a favor ou contra um aborto. Precisa ser a favor de uma política pública, e eu acho que não existe mulher pró-aborto. Na sensibilidade da mulher, o aborto é uma agressão física e a mulher recorre a isso num desespero", completou.
A petista também tratou de vários outros temas na entrevista, como o reajuste aos aposentados que ganham mais de um salário mínimo.
Na entrevista, Dilma disse que o aumento de 6,14% foi feito em acordo com as centrais sindicais, e que não há como avaliar o impacto dos 7,7% aprovados pelos deputados. Porém, indicou uma posição não muito favorável ao reajuste maior: "não tomaremos nenhuma medida demagógica para ganhar eleição".
Houve ainda uma posição favorável à política brasileira em relação ao Irã. "A posição do Brasil é que não é bom quando se isola uma pessoa, um país ou um movimento social. Deve-se estabelecer um canal de diálogo, e isso ajuda a colocar algumas exigências".
Por fim, Dilma até deu um "pitaco" sobre futebol, comentando a lista de convocados para a Copa do Mundo, divulgada ontem pelo técnico Dunga: "Eu era a favor do Ganso e do Neymar, porque eles dão alegria. Mas, depois que se escolheu a seleção, eu estou com o Brasil".
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